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Título:  
  Análise da mutagenicidade e antimutagenicidade da Ilex paraguariensis (erva-mate) e seu efeito sobre o metabolismo de carcinógenos no esôfago de ratos Wistar
Autor:  
  Andréa da Rocha Kaezer   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UERJ/FISIOPATOLOGIA CLÍNICA E EXPERIMENTAL
Área Conhecimento  
  MEDICINA
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2008
Acessos:  
  952
Resumo  
  Os tumores de esôfago ocupam oitavo lugar em incidência e sexto em mortalidade; ocorrendo principalmente em países em desenvolvimento. Cerca de 93% são classificados como carcinoma epidermóide e parecem ser essencialmente causados por fatores ambientais. No sul do Brasil; sua incidência está relacionada; dentre outros fatores; ao consumo de chimarrão; bebida ingerida a altas temperaturas e feita a partir de folhas de Ilex paraguariensis. Existem; pelo menos; três possíveis mecanismos pelo qual a infusão de Ilex paraguariensis (IIp) poderia elevar o risco de câncer de esôfago: (i) a presença de substâncias carcinogênicas na erva-mate; (ii) aumento do metabolismo de carcinógenos pelo esôfago através da indução de citocromo P450 neste tecido e (iii) através da injúria térmica crônica. Nesta dissertação foram analisados os dois primeiros pontos. Para isto; avaliamos a expressão gênica (RT-PCR); protéica (Western blotting) e atividades enzimáticas (COH e NDEAd) associadas a CYP2A3 no esôfago de ratos Wistar tratados por 2; 4; 7; 14 e 21 dias; com IIp a 10% (p/v). Utilizando-se o Teste de Ames e SOS cromoteste foi verificada a mutagenicidade da IIp a 0.1% (p/v); 1% (p/v) e 10% (p/v); em sistemas bacterianos. Não foram observadas diferenças na expressão do RNAm e da apoproteína do CYP2A3 em relação ao grupo controle; bem como nas atividades enzimáticas; sugerindo que a IIp a 10% (p/v) não interfere no metabolismo de carcinógenos no esôfago; portanto não atua por esta via em sua suposta participação na carcinogênese esofágica. De forma complementar; nenhum efeito mutagênico significativo (I.M. > 2 ou p < 0.05) foi observado nas cepas padrões (TA97; TA98; TA100; TA102); assim como nas linhagens mais sensíveis (TA1535; YG7104; YG7108; YG1021; YG1024; YG1041; TA98NR; TA98DNP-6) para a detecção de compostos N-nitrosos; como as nitrosaminas; independentemente de ativação metabólica. No entanto; verificamos um efeito antimutagênico significativo (p < 0.05) da IIp 10% (p/v) nas linhagens TA97 e TA98. Esses resultados sugerem que a erva-mate não apresenta mutagenicidade nas concentrações avaliadas (semelhantes àquelas consumidas por humanos); e que seus compostos antioxidantes podem ser responsáveis pela antimutagênicidade em linhagens que detectam mutações por adição e/ou deleção de pares de bases. Observamos; dessa forma; que o risco da IIp na patogênese do câncer de esôfago no sul do Brasil não envolve a modulação de enzimas CYP esofágicas nem a presença de substâncias mutagênicas na erva-mate.
     
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