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Título:  
  Efeitos da extensão e posição do desmatamento em meso-escala sobre a circulação atmosférica e a chuva na Amazônia
Autor:  
  Sandra Isay Saad   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  USP/METEOROLOGIA
Área Conhecimento  
  GEOCIÊNCIAS
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2008
Acessos:  
  1.061
Resumo  
  Estudos numéricos do impacto do desmatamento em grande escala na Amazônia simulam a diminuição da evapotranspiração e indicam predominantemente a redução da precipitação. No entanto; o desmatamento na meso-escala tem impactos na circulação atmosférica e na chuva que são complexos e ainda pouco entendidos. Este estudo avaliou os impactos do desmatamento tropical na Amazônia sob áreas de tamanho crescentes; localizadas em distintas posições em relação ao vento predominante. A região de estudo foi a Amazônia oriental; próximo à Rodovia Cuiabá-Santarém; onde ocorre intenso desmatamento. Utilizou-se o modelo atmosférico de meso-escala BRAMS para simulações do desmatamento; sobre uma grade de espaçamento horizontal de 8 km; para dois meses na estação seca e dois na estação chuvosa. O desmatamento foi prescrito como pastagem em áreas retangulares (cuja dimensão maior e menor são L e l; respectivamente); para tamanhos variando de aproximadamente 4.000 a 60.000 km2; em duas diferentes situações: na primeira; a dimensão L foi alinhada na direção N-S; e na segunda L foi alinhado com o vento predominante (de direção E-NE). Nos casos de desmatamento durante a estação seca; a célula térmica definiu-se com intensificação do vento-acima sobre a área desmatada. E ainda; a atmosfera mostrou-se mais quente e seca sobre o desmatamento; até aproximadamente 1000 m de altura; devido à menor evaporação; e mais úmida acima de 1000 m; resultante do aporte horizontal de umidade da floresta sobre o desmatamento. Os efeitos do desmatamento na atmosfera aparentemente pouco se alteraram pelo efeito da circulação fluvial. Dois casos diferentes se manifestaram; dependendo da posição do desmatamento. No cenário de desmatamento inclinado na direção N-S; houve a formação de uma célula térmica cuja região de convergência confinou-se vento-abaixo na área desmatada (ou seja; a Oeste). Associadamente houve um padrão de redução da chuva a Leste; e aumento da chuva a Oeste do desmatamento; o que se definiu nas áreas com l entre 30 e 80 km. Todavia; com o aumento da área (l = 180 km); a célula alargou-se; deslocando-se para Sul; devido à componente norte do vento predominante; o que também deslocou a região de aumento da chuva para o mesmo setor. No cenário do desmatamento inclinado na direção E-NE; a célula se enfraqueceu; e a região de convergência da célula térmica mostrou-se melhor distribuída sobre a região desmatada. Portanto a região de aumento da chuva alargou-se sobre a área; enquanto a região de redução da chuva confinou-se no setor extremo vento-acima. Na estação chuvosa; os efeitos do desmatamento foram suavizados para os retângulos dispostos na direção N-S; enquanto que foram praticamente desconfigurados para os retângulos inclinados na direção do vento. Os resultados sugerem que o desmatamento em meso-escala na Amazônia gera uma célula térmica com um vórtice mais energético contra o vento predominante; que por ele é advectado e que consequentemente tende a aumentar a chuva vento-abaixo e reduzir vento-acima; em magnitudes que dependem da extensão e posição do desmatamento com relação ao vento predominante.
     
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