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Tipo de Mídia:
Texto
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Formato:
.pdf
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Tamanho:
1.97
MB
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Título: |
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Cultura escolar: um olhar sobre a vida na escola |
Autor: |
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Beatriz Gomes Nadal
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Categoria: |
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Teses e Dissertações |
Idioma: |
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Português |
Instituição:/Parceiro |
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[cp] Programas de Pós-graduação da CAPES
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Instituição:/Programa |
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PUC/SP/EDUCAÇÃO (CURRÍCULO) |
Área Conhecimento |
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EDUCAÇÃO |
Nível |
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Doutorado
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Ano da Tese |
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2007 |
Acessos: |
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1,917 |
Resumo |
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O presente trabalho focaliza a cultura escolar articulando as perspectivas institucional e
cultural, as quais a configuram como realidade multidimensionada, dialética e em constante
movimento. Fundamentou-se na produção existente no campo institucional, com base em
Foucault (1979, 1987 e 1996), Castoriadis (1982) e Lourau (1996); no campo organizacional,
com apoio em Ball (1996); no campo da teoria da cultura, cujos alicerces foram buscados em
Williams (1979, 1982 e 2002), e no campo da cultura escolar, embasado em Viñao Frago
(1995, 1998 e 2005). Foi, portanto, nosso objetivo a construção de referenciais que
sustentassem o desvelamento da cultura escolar, o conhecimento e compreensão da cultura de
escolas públicas de educação básica e a formulação de propostas voltadas a contribuir com a
tematização e transformação da cultura existente, tornando-a mais próxima dos atuais desafios
da educação contemporânea. A investigação desenvolveu-se numa perspectiva qualitativa e de
estudos culturais, compreendendo pesquisa bibliográfica, observação participante, análise
documental e entrevistas em duas escolas de ensino fundamental e médio da rede pública
estadual, localizadas em Ponta Grossa, Paraná. A inserção nas escolas se deu em momentos
coletivos como reuniões pedagógicas e conselhos de classe, e também no encaminhamento
cotidiano do trabalho pedagógico, acompanhando especialmente os professores em hora-
atividade e os diretores e pedagogos no exercício da gestão escolar. Além dos projetos
pedagógicos das escolas e atas de conselho de classe, foram analisados também documentos
políticos da Secretaria de Estado da Educação, voltados a orientar e institucionalizar o
trabalho das instituições escolares. Quanto à metodologia para aproximação à cultura da
escola, os pressupostos teóricos foram confrontados com as políticas a que se relacionavam e
com a prática escolar, conforme sugere Viñao Frago (1995). Os dados coletados apontaram,
inicialmente, a atuação instituinte das escolas face às políticas advindas do Estado, acatando-
as parcialmente, atribuindo-lhes caráter formal, flexibilizando-as ou até mesmo negando-as.
Diante delas, as escolas demonstraram criar mecanismos próprios para a gestão do trabalho
pedagógico, desenvolvendo estilos particulares de se relacionar com os resultados
educacionais e as questões cotidianas. Observamos que esses mecanismos têm levado as
escolas a se manterem relativamente fechadas em relação ao contexto social e às mudanças
que elas mesmas reconhecem necessárias em sua comunidade local, bem como a utilizarem
estratégias para resolução de problemas e modalidades de comunicação que dificultam seu
autoconhecimento, reflexão sobre sua prática e, conseqüentemente, transformação. Explica-
se, assim, a não consolidação dos movimentos instituintes "micro" e a manutenção da uma
tradição funcionalista e burocrática na gestão do trabalho pedagógico. Essa tradição assume
uma posição ativa, agindo como uma espécie de "meso-micropolítica" da escola,
desencadeada quiçá para evitar mudanças e/ou para se proteger. Por fim, entendemos que as
condições de trabalho e a cultura docente, a fixidez estrutural de elementos como o tempo e os
espaços escolares, trazidas pelas políticas e naturalizadas pelas escolas, e a ausência de
processos sólidos de formação continuada, capazes de fazer emergir os sentidos existentes e a
epistemologia da prática escolar, são fatores fortemente impeditivos da transformação
emancipatória da instituição escolar.
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