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Título:  
  Natureza humana e moralidade: sobre o lugar e o papel da antropologia na Filosofia moral de Kant
Autor:  
  Jocieli Jorge Gaboardi   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  PUC/RS/FILOSOFIA
Área Conhecimento  
  FILOSOFIA
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2008
Acessos:  
  1.902
Resumo  
  O presente estudo tem como objetivo compreender qual o lugar e que papel exerce a antropologia dentro do pensamento moral de Kant. Toma-se como ponto de partida a afirmação do filósofo na sua Lógica (1800); onde se lê que a resposta à pergunta “que é o homem?” responde também a outras perguntas; tanto de natureza metafísica e religiosa; quanto moral (1992; p. 42; Ak 25). Com tal afirmação; Kant atribui à antropologia grande responsabilidade; pois a coloca como ponto indispensável por onde passaria o conhecimento daqueles três saberes. Todavia; a exigência do modelo kantiano de fundamentação a priori da moralidade parece apresentar-se como uma barreira ao desenvolvimento do conhecimento que ofereceria respostas àquela última dimensão. A partir dessa dificuldade; busca-se compreender; em primeiro lugar; por que Kant elevou a antropologia a tal status; haja vista a prescrição da Fundamentação da metafísica dos costumes (1785); que exige a não-adição de quaisquer elementos empíricos; inclusive antropológicos; para levar a cabo os seus esforços. Para isso; investiga-se; em segundo lugar; o tipo de relação que a antropologia estabelece com a filosofia moral e mostra-se a especificidade do método da antropologia kantiana; o qual assegura a essa um lugar no domínio de aplicação da moral. No decurso do texto; faz-se um resgate de parte das obras Idéia de uma história universal com um propósito cosmopolita; de 1784; Religião nos limites da simples razão; de 1793; e O conflito das faculdades; de 1798 (a); analisando-as e tentando mostrar que todas possuem em comum uma análise pragmática da natureza humana. Esse modo de análise vai-se desenvolvendo até culminar no texto de 1798 (b); Antropologia de um ponto de vista pragmático; no qual Kant; entre outras coisas; retoma as teses fundamentais daqueles escritos. Por fim; conclui-se que houve um alargamento no modo de Kant conceber a tarefa do estudo filosófico sobre a natureza humana do texto de 1784 até o texto de 1798b. Graças a essa expansão; expressa fundamentalmente no aprimoramento do seu ponto de vista sobre a relação homem e mundo; Kant não se distanciou dos propósitos de sua filosofia crítica pelo fato de atribuir à antropologia um modo investigativo pragmático. Com isso; ao mesmo tempo; ele abriu caminho para uma nova maneira de abordar as relações éticas. Por meio da antropologia; tornou-se possível pensar tanto regras práticas; que orientam qual a maneira mais adequada de se chegar ao fim moral desejado; quanto regras teóricas; que dizem qual é o fim mais adequado; ao qual todo homem pode e deve se sujeitar. Ao evidenciar aspectos favoráveis e desfavoráveis à execução daquelas regras; a antropologia pragmática põe-se; assim; como a fundamental aliada do projeto de moralidade de Kant.
     
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