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Título:  
  Violência intrafamiliar: percepções de crianças escolares que vivem em abrigo
Autor:  
  Ruth Irmgard Bartschi Gabatz   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  UFSM/ENFERMAGEM
Área Conhecimento  
  ENFERMAGEM
Nível  
  Mestrado
Ano da Tese  
  2008
Acessos:  
  790
Resumo  
  A violência intrafamiliar contra crianças; além de representar uma importante questão de saúde pública devido a seu alto índice de morbimortalidade; também se constitui em desafio social e profissional. A violência que se apresenta nas relações familiares; perpassa os tempos; reforçando uma cultura que a mostra como algo normal; perpetuando-se através das gerações. Dessa forma; objetivou-se compreender como as crianças abrigadas vivenciam a violência intrafamiliar a fim de buscar subsídios para o seu enfrentamento e prevenção. Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo descritivo-exploratória; utilizando-se o Método Criativo Sensível. A pesquisa foi desenvolvida em duas instituições que abrigam crianças e adolescentes vítimas de violência familiar; que não podem permanecer com as suas famílias; localizadas em município do Estado do Rio Grande do Sul. Os participantes do estudo foram 4 crianças; dois meninos e duas meninas; com idade entre 8 e 11 anos. Como técnica de coleta de dados; utilizou-se as dinâmicas de criatividade e sensibilidade (DCS) que constituem o eixo central do Método Criativo Sensível. As DCSs desenvolvidas nesse estudo foram: O Brincar em cena e Corpo Saber. Na DCS O Brincar em cena; buscou-se conhecer como era a vida das crianças no ambiente da família de origem. Na DCS Corpo Saber buscou-se; conhecer de que forma o corpo das crianças era cuidado/tratado no ambiente da família de origem sob a perspectiva das mesmas. Todos os preceitos éticos foram mantidos; e o protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. Para compreender a linguagem utilizada pelas crianças vitimizadas e significar seu discurso foram aplicadas as ferramentas da análise de discurso francesa. Os resultados apontaram como motivos para a institucionalização problemas mentais da mãe; uso abusivo de álcool e a agressão. A mãe foi identificada como principal agressora. Os principais tipos de violência encontrados foram: físicas; sexuais e de negligência. A identificação da violência no corpo indicou a cabeça; os membros superiores e inferiores e nádegas como locais mais atingidos. Os discursos dos meninos revelaram o sentimento de amor e carinho pelo familiar que prestava o cuidado e o sentimento de desprezo pelo familiar que agredia. O discurso das meninas apontou os cuidados básicos de higiene; como a única forma de cuidado que elas referem ter recebido em sua família. Recomenda-se que; a violência intrafamiliar contra crianças seja abordada enfaticamente no ensino; explicitando causas; conseqüências e reconhecimento dessa; a fim de fornecer subsídios para os futuros profissionais no encaminhamento de vítimas e agressores. Acredita-se em um trabalho preventivo; realizado junto às famílias desde o planejamento reprodutivo; cuidados no pré-natal e parto. Sugere-se uma política de humanização que tenha seu foco em ações que propiciem o apego; o fortalecimento do vínculo mãe-filho e das relações familiares no cotidiano da convivência. Tudo isso com vistas a possibilidade de contribuir para minimizar a ocorrência da violência intrafamiliar.
     
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