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Título:  
  O militar e a democracia: profissionalização e visão de mundo.
Autor:  
  Jayme dos Santos Taddei   Listar as obras deste autor
Categoria:  
  Teses e Dissertações
Idioma:  
  Português
Instituição:/Parceiro  
  [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES   Ir para a página desta Instituição
Instituição:/Programa  
  IUPERJ/CIÊNCIA POLÍTICA (CIÊNCIA POLÍTICA E SOCIOLOGIA)
Área Conhecimento  
  CIÊNCIA POLÍTICA
Nível  
  Doutorado
Ano da Tese  
  2008
Acessos:  
  658
Resumo  
  Até que ponto se podem compatibilizar os supostos de raiz das forças armadas, hierarquia e disciplina, com os princípios da democracia contemporânea? Uma primeira aproximação desta questão trata os militares enquanto profissão: o que exércitos estrangeiros trouxeram de empréstimos, cujo alcance variou da influência organizacionalmente enriquecedora à "formação das almas"(CARVALHO, 1990). Enquanto organização, a força armada se faz herdeira dos efeitos de tensão que se entremeiam nas relações entre totalidade e indivíduo, de incidência sobre todos os seus membros, em quem ela imprime as marcas do nexo social da "universitas" (DUMONT,1985). Nesse quadro de análise, não se descartou a auto-percepção que os militares têm de sua profissão, particularmente importante em razão do processo estrito de formação de crenças e convicções que a organização produz e estimula. Importa-nos, aqui, justapor a organização vis-à-vis a instituição, constitutivas ambas, e mutuamente contribuintes, do caráter militar. Enquanto instituição, buscam-se aqui os delineamentos de uma ordem dos homens, de que é parte indissociável a construção de uma verdade institucional e seus processos anexos de legitimação. São estes processos que a ela creditam níveis altos de plausibilidade. A ressocialização, ao longo da profissionalização, leva em conta questões que se resolvem no exercício de cognições e de incorporação de um estoque de valores, com os quais o grupo lê e julga as pautas do mundo. Um mapeamento das noções atuais de democracia e das inscrições históricas maiores do militarismo balizam a discussão do fenômeno na América Latina. Para este fim, recorremos a três países, especificamente, aos sistemas de ensino que vertebram os seus national war colleges ou escolas superiores de guerra. No caso brasileiro, examinamos que conseqüências para a nossa questão central advêm de conteúdos, métodos e posturas teóricas que constituem o arcabouço do sistema de cognições. Aí se contém o núcleo do ensino que forma os líderes das forças armadas. Mobiliza-se a seguir um outro olhar teórico-metodológico, visando extrair significados de discursos militares contemporâneos. Os insumos recolhidos apontam espaços estruturais do mundo militar que deferem a democracia como princípio ético e também sinalizam margens de incompatibilidade. Propõem-se aí medidas de ruptura de bloqueios a uma convivência, em que os valores democráticos se inscreveriam na teia de significados com que o grupo militar constrói, explica e recorta o mundo.
     
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